Soluções biológicas para o controle de doenças e pragas da seringueira (conteúdo aberto) |
11/11/2024 | |
Camila Gusmão A Koppert empresa líder no segmento mundial de insumos biológicos apresenta soluções específicas e comprovadas para algumas das principais doenças e pragas na seringueira como ácaros, cochonilhas, fusariose, entre outras. Segundo a engenheira florestal e coordenadora do programa Florestal, Eloá Cabrera, a nova tecnologia permite restituir a produtividade dos seringais que apresentam o secamento de painel decorrentes da fusariose. “Como, por exemplo, em plantios mais novos chegamos ao retorno de 100% das árvores tratadas e em plantios mais velhos conseguimos o bloqueio da doença e sua disseminação para indivíduos sadios. Quanto antes a entrada com o Trichodermil, melhores os resultados. Então ganha em produtividade com sua ação nematicida, que ajuda na sanidade das raízes e a planta não fica tão estressada e susceptível aos patógenos presente no solo e no ambiente. Como também por sua ação micoparasita e o bloqueio do crescimento dos principais fungos causadores de doenças no seringal. Esse projeto a gente começou há cinco anos, colocamos os biológicos na cultura da seringueira, voltados para essas principais pragas e tivemos um resultado fantástico” explicou Eloá. A engenheira florestal ainda conta que doenças como fusariose, causada por um fungo, enfraquece a planta, reduzindo a produção de látex e tornando-a mais suscetível a outras doenças e pragas. Ela pode causar sintomas como o podridão, trincas na casca e secamento do painel. “O secamento de painel começa em torno de 3%, o que não chama muito a atenção do produtor no início, porém, depois a gente tem casos de clientes com seringal de quase 30 anos que 50% das árvores que não sangram mais, porque já ficaram doentes. A seringueira cria uma casca boa em cima dessa casca ruim o que dificulta o controle, então quanto antes a gente entrar com os biológicos melhor os resultados, assim consegue travar o crescimento da doença, com isso ganhamos longevidade pois as plantas continuam produzindo sem doenças ou mortalidade”, destacou Eloá. A especialista evidenciou que o controle da infestação com os defensivos biológicos não possui o efeito rebote tão evidente, que muitas vezes acontece com a utilização sucessiva de químicos, como no caso dos ácaros. Enquanto o químico tem um prazo de ação muito mais curto e no caso de algumas moléculas químicas comumente utilizadas a praga tende a fazer uma postura muito maior de ovos, tornando o efeito de reeinfestação um grande problema. Além do problema de resistência das moléculas químicas com seu uso contínuo que traduz em baixa eficiência no controle e aumento dos custos com o passar dos anos. “Com os químicos além de você matar os inimigos naturais você também tem essa desregulação metabólica na praga e quando ela volta, vem muito mais agressiva a reinfestação. Com o biológico a gente consegue controlar, mantendo os inimigos naturais na área sem esse efeito rebote. O que pode ocorrer uma ou outra reboleira de forma pontual e de fácil controle. O produtor faz o controle e fica com um manejo muito mais tranquilo na propriedade, sem se assustar de uma hora para a outra com a praga invadindo e quebrando a produção”, destacou. Além dos biológicos manterem um ambiente hostil à praga, muitos deles tem uma associação positiva com a planta, mantendo a árvore mais saudável e, consequentemente, trazendo um maior tempo de produção ao seringal. “Fora a segurança dos trabalhadores e do meio ambiente porque é altamente seguro, com a menor classificação para risco tanto ao meio ambiente quanto toxológico para a saúde do trabalhador. A gente pode usar o Trichodermil que é compatível, por exemplo, com o estimulante o Ethrel com um resultado fantástico no painel. O trabalhador vai estar em contato com um produto com risco de toxidade muito menor do que um fungicida químico. Nossos produtos têm o selo do IBD e são utilizados na produção de orgânicos por sua segurança”, enfatizou Eloá. O tema “O Caminho para a Longevidade Produtiva: Biológicos Koopert” será apresentado pela Eloá Cabrera no 14º Ciclo de Palestras sobre a Heveicultura Paulista que será realizado nos dias 21 e 22 de novembro em São José do Rio Preto, no noroeste paulista. Organizado pela Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor), o evento tem o objetivo de propagar informações e novas tendências do setor da borracha natural. Mais informações e inscrições no hotsite do evento. RELACIONADAS Corte seco ou necrose? Entenda o que é secamento de painel Permitida a reprodução total ou parcial, desde que citada a fonte.
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