Ciclo de Palestras encerra com recorde de participantes (conteúdo aberto) |
28/11/2024 | |
Camila Gusmão A 14ª edição do Ciclo de Palestras sobre a Heveicultura Paulista que aconteceu nos dias 21 e 22 de novembro, no município de São José do Rio Preto, no noroeste paulista, teve a participação de mais de 500 inscritos de todo o Brasil. Segundo a Associação Paulista de Produtores e Beneficiadores de Borracha (Apabor) organizadora do evento, essa edição foi uma das maiores com mais de 20 palestrantes e técnicos, duas palestras internacionais, e 23 expositores. Para Fábio Tonus, diretor executivo da Apabor, o Ciclo foi um sucesso em todos os sentidos, bateu recorde em público, de inovações tecnológicas tanto em termo de ferramentas para melhorar a mão de obra como também em implementos e biodefensivos, além do número expressivo de negócios gerados. Néia Rosst/ APABOR “Tivemos também a oficialização de uma parceria estratégica montada entre duas associações: a Apabor e a Associação Brasileira da Indústria de Dispositivos Médicos (Abimo). Com todo esse resultado o setor da heveicultura ganhou um novo fôlego, o preço da safra começa num valor recorde e acreditamos que entramos num ciclo virtuoso da heveicultura, com certeza os próximos sete anos das próximas sete safras serão de grande sucesso para a heveicultura nacional”, destacou Tonus. Para Marcos Murbach, engenheiro agrônomo e diretor técnico da São Manoel, usina de beneficiamento de borracha natural com sede em Neves Paulista, a cerca de 30 quilômetros de São José do Rio Preto, o conteúdo em geral do evento foi muito produtivo e o que mais lhe chamou a atenção foi a primeira palestra realizada pelo Jom Jacob da WhatNext Rubber Media International que falou sobre a economia do mercado futuro da borracha. Néia Rosst/ APABOR “No geral o conteúdo foi muito bom, palestras com muito conhecimento técnico. O que mais me chamou a atenção foi a palestra do Jom Jacob, na previsão dele vamos ter uma fase muito boa de preço, pois o pessoal no mundo todo foi parando de plantar seringueira e agora possivelmente entre os anos de 2025 e 2035 vamos ter escassez na oferta de borracha o que deve puxar os preços para cima, a previsão dele é de que a borracha possa chegar até aos US$ 6 o quilo para borracha SGX TSR-20. Uma previsão clara segundo ele para abastecer o mercado devido a essa parada dos plantios no mundo como um todo, ou seja, a demanda vai ser maior do que a produção”, afirmou Murbach. Jaqueline Sanches, diretora regional da Associação Borracha Brasileira de Seringueiros Produtores (Abbrasp) participou dos dois dias do evento e afirmou que o Ciclo em geral foi muito produtivo. “A palestra do Heiko (Rossmann) foi muito interessante, pois abordou um tema que o pessoal tem muitas dúvidas, especialmente quem trabalha no campo não sabe dizer o porque teve aquela oscilação de preço, e ele abordou de uma forma bem clara, falando sobre os reflexos da pandemia da Covid-19, que trouxe três anos de atraso para a heveicultura. Ele falou extremamente bem sobre as projeções que a gente pode esperar para o setor, mostrou gráficos, o que visualmente chamou a atenção. Abordou também projeções da produção e consumo. A palestra dele foi muito interessante”, destacou. Outro ponto interessante do Ciclo apontado por Jaqueline foi as projeções de Jom Jacob sobre o déficit na produção da borracha natural e a falta de mão de obra no campo. “Isso trouxe um chá de realidade que hoje o nosso maior problema é a produção que tem caído bastante e o pessoal tem sentido isso, não adianta a borracha estar com um preço bom se não tem produção, e ele falou bem dessa questão de a gente ter que se mexer agora, plantar mais, manter o pessoal no campo. Levamos essa informação bem clara para os sangradores, pois tinha muita gente saindo justamente com medo do preço baixar e passar dificuldades novamente, já que a gente passou duas safras em crise. A preocupação do pessoal hoje é a falta da mão de obra e no Ciclo apontaram até soluções, eu achei muito inteligente da parte do Cassio e do César Savoia mencionar sobre esses problemas atuais do campo, me representaram e foi muito importante para a gente”, destacou Jaqueline. RELACIONADAS O que aconteceu e o que esperar do mercado brasileiro da borracha natural
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